21 de jul. de 2016

Este momento


Simplesmente solte o peso do seu corpo e entregue-se... Permita-se relaxar.
Observe uma respiração natural, sem nenhuma tensão ou opressão no peito.
E lenta, lentamente volte sua atenção pra dentro.

O mestre Zen Ma Tzu diz:
Cada ser humano é simplesmente ele mesmo, nem grande nem pequeno, nem belo nem feio – porque a grandiosidade e a pequenez vêm a partir da comparação. Cada um é simplesmente ele mesmo.

Perceba... É a relatividade (comparação) que torna algumas pessoas grandes, notáveis, famosas e célebres. Algumas pessoas vivem na obscuridade, algumas são simplesmente ninguém. Isso é relativo, do contrário todo mundo é simplesmente ele mesmo, não faz qualquer diferença. A questão da desigualdade não surge; todos são únicos. A pessoa que é ninguém está feliz em seu estado de ser ninguém. Mas este conceito de relatividade acaba deixando as pessoas malucas. Todo mundo está tentando subir mais alto na escada, para tornar-se alguém especial.
Mas se você for comparar, se for olhar em volta, encontrará milhares de pessoas que o tornarão inferior. E você não pode fazer nada a respeito. Você não pode ser o maior dançarino, o maior matemático, o maior poeta, o maior pintor; você não pode ter todas as grandiosidades do mundo ao mesmo tempo.
Então a própria ideia de pensar em termos de relatividade (de comparação) entre seres humanos é absurda. Você é simplesmente você mesmo. Simplesmente seja autenticamente você mesmo, sem qualquer comparação. E, então, nenhuma inferioridade surge; nenhuma superioridade surge. Você está simplesmente relaxado como você é. E em tudo aquilo que você faz, você dá o melhor de si, com alegria e criatividade.
Seres humanos são únicos. O que você precisa é trazer sua potencialidade para a sua totalidade, para a sua profundidade... E chegar ao florescimento. O que importa é o florescimento, trazer sua potencialidade para sua altura suprema.
E isso trará para você alegria e paz... Um descanso, um relaxamento com o universo. Você estará em sintonia, e não haverá agitação em sua mente – como se tornar isso, como se tornar aquilo.
Como ser a pessoa mais rica, a mais famosa – tudo isso é lixo; e isso leva milhares de pessoas à loucura, desnecessariamente à loucura.
Elas poderiam ser as pessoas mais belas se estivessem satisfeitas com elas mesmas, sem qualquer comparação com ninguém... essa é a única maneira de uma pessoa poder ser psicologicamente saudável.

A todos é permitido beber da fonte de Buda e saciar sua sede. Não existe sacerdote no budismo – não há necessidade de sacerdote. Ele é um obstáculo, não uma ponte. Você próprio pode ser um Buda (ser consciente), simplesmente indo pra dentro de você mesmo. Para isso, nenhum sacerdote é necessário. 


A partir desse momento, observe uma respiração natural, sem nenhuma tensão... Não crie resistências; não tente controlar nada... Simplesmente deixe ir... E lenta, lentamente volte sua atenção pra dentro. Mais e mais fundo...
Quando você vai pra dentro, não há leste, oeste, norte ou sul; há apenas um puro espaço em todas as direções. Você vai em direção às suas próprias raízes e pela primeira vez você tem a oportunidade de perceber que por todas essas muitas vidas seus olhos o enganaram, pois eles o mantiveram apegado aos objetos do lado de fora. Eles não estavam permitindo que você entrasse em você mesmo. Você foi mantido envolvido em algo de fora – (perceba...) dinheiro, conhecimento, respeitabilidade.
Existem milhares de maneiras de mantê-lo envolvido de tal modo, que você não se volte pra dentro. A vida tem sido conduzida pela sociedade de tal maneira, que desde o princípio você é forçado a permanecer envolvido. E isso se torna um hábito.
Se você não tiver nada pra fazer, o que você faz? Você encontra algo pra fazer – ligar a televisão, ligar para alguém, ler um jornal, uma revista... E você perde a oportunidade de ficar alguns minutos com você mesmo, voltando sua atenção pra dentro, esvaziando a mente de tanto barulho e observando um pouco o silêncio.
Quando a mente está vazia seu coração se esvazia. Mas a mente está repleta de conhecimento. E esse conhecimento emprestado é a maior barreira impedindo você de reconhecer sua verdadeira natureza – o ser consciente.
Em nossas meditações estamos fazendo exatamente isso... Estamos esvaziando sua mente e deixando seu coração completamente vazio. Somente um coração vazio é capaz de entrar em sintonia com o coração universal. A partir desse ponto, a vida se torna uma completa celebração.
Então, desprenda-se da informação e caminhe em direção a transformação.

Silencie seu ser...

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