27 de nov. de 2013

Você não pode perder novamente


Osho Pergunta... Por que você está aqui?
E ele diz: Perceba... Você está aqui porque não pode estar em nenhum outro lugar. Foi assim que a vida lhe aconteceu.

Perceba... É muito difícil se sentir atraído por uma pessoa vazia: é muito difícil. O vazio não é uma força magnética. Você se sente atraído por alguém que conseguiu alguma coisa. Por que somos atraídos por alguém que conseguiu alguma coisa¿ Porque temos desejos e também queremos conseguir coisas.
Você provavelmente se sente atraído por um político poderoso porque está orientado para o poder, quer o poder para si. Então, seja lá quem for que o tenha, torna-se seu ídolo. Você se sente atraído por alguém que tem uma fortuna fabulosa, porque no fundo almeja riquezas.
Mas por que se sentir atraído por alguém que não tem nada?
Isto é uma rara possibilidade. Às vezes a vida acontece de tal maneira que você se sente atraído por alguém que conseguiu não ter nada, que está vazio. Você não ganhará nada com essa pessoa, pelo contrário, perderá tudo. É um jogo.
E a menos que arrisque tudo, você perderá. Este lance não pode ser parcial. Portanto, não esconda nada, arrisque tudo o que tem. É perigoso e arriscado. Eis porque digo que é raro se sentir atraído por um Buda ou um Jesus. Isso acontece a bem poucos.
Ser comum é uma qualidade rara. Aqueles que não são comuns estão sempre numa viagem de ego. Buscam riquezas, poder ou posição. Mas um agricultor, um pescador ou um lenhador, são pessoas insignificantes, absolutamente comuns, que não buscam aquisições e, por isso, são atraídas por um Buda ou um Jesus.
É raro ser comum: ser comum é realmente extraordinário. Ser comum significa não buscar nada, não tentar adquirir nada, não estar orientado para nenhum objetivo. É viver cada momento, flutuando. É o que estou lhe dizendo: flutue como uma nuvem branca.
Perceba... A mente humana está sempre temendo a morte. Ela se apega à vida, tem luxúria pela vida. Mesmo miserável, a mente se prende a vida... Tem grande medo da morte. E quando alguém vem para essa prática, está vindo, na realidade, para morrer, para se dissolver.
Osho diz... Eu serei um abismo para essa pessoa, um abismo infinito no qual ela estará sempre caindo, caindo, sem chegar a nenhum lugar...!
Imagine uma folha caindo num abismo... E o abismo é infinito, não há fundo onde ela possa chegar. A folha só pode desaparecer: caindo, caindo, caindo...
A jornada religiosa tem início, mas não acaba nunca.
Você vem para a prática e desaparece e não chega a lugar nenhum. Mas este desaparecimento é um prazer. Nenhum outro prazer jamais foi conhecido, nenhum outro prazer existe - o prazer de desaparecer totalmente... Assim como uma gota de orvalho na manhã, que desaparece quando o sol surge; ou assim como uma chama que arde durante a noite, o vento vem e a chama se apaga... E a escuridão... A chama simplesmente desapareceu... E você não pode encontra-la em nenhum lugar – da mesma maneira, você também desaparece.
Pode-se matar o corpo em qualquer lugar, mas não se pode matar o eu em qualquer lugar. Aqui você está pronto para matar o ego.
Mas não pense que tudo o que estou dizendo são explicações, não são. Eu sempre sou ante explicações.
Se tudo isto o tornar mais misterioso, se o tornar mais vago, quanto mais, melhor. Se sua mente virar fumaça e você não souber o que é o quê... Este é o melhor estado.
Porque quando você está vazio, quando só há um vácuo, o encontro acontece. Qualquer um que consiga estar vazio se fundirá. E esta é a única maneira de se unir com a existência.

Você pode chamar isso de amor, de prece ou de meditação. Chame como quiser...

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