30 de nov. de 2013

Que o vento o leve seja aonde for


Osho diz:
Que o vento o leve seja aonde for...

Perceba... As nuvens brancas não são conduzidas pelo vento. O fenômeno da direção só existe quando há resistência, ou seja, se as nuvens brancas quiserem ir para o norte e o vento soprar para o leste, então haverá direção, porque a resistência estará presente.
Mas se as nuvens não estão indo a lugar nenhum, leste e oeste significam a mesma coisa.
E o fenômeno das nuvens é o que significa exatamente deixar acontecer. Se o vento diz leste, a nuvem está pronta, já está se movendo para o leste. Não há um único pensamento negativo, não há uma única recusa.
Mas as pessoas não estão prontas, elas precisam de guias, elas querem ser dirigidas. É suficiente estar aqui, pois tudo acontecerá – o vento soprará para o leste e você flutuará para o leste.
O vento sopra em todas as direções. O problema não é escolher a direção, mas sim como tornar-se uma nuvem. O vento se move em todas as direções. Ele se move, se modifica. Está sempre correndo de um lado para outro. Na verdade, não há nenhuma direção, nenhum mapa; é tudo desconhecido.
A existência é ondulante, todas as direções lhe pertencem.
E quando digo todas as direções, estou me referindo tanto ao bem quanto ao mal. Estou me referindo tanto ao moral quanto ao imoral.
Portanto, a questão não é se a nuvem está indo para o Oriente e nesse caso será religiosa, ou indo para o Ocidente e então será ante religiosa. Não. Se a nuvem não tiver desejos, será religiosa onde quer que vá. E se a nuvem tiver desejos onde quer que vá será ante religiosa.
Perceba... Existem os dois tipos de nuvens – bem poucas não têm desejos; a grande maioria tem vontades, projeções, desejos e ideias. Elas lutam contra o vento. E quanto mais lutam, mais angústia criam. Lutar não leva a lugar nenhum, porque nada pode ser feito. Lutando ou não, o vento soprará para o Oriente e você terá que ir para o Oriente. No máximo poderá levar consigo a ideia de que lutou e que foi um grande guerreiro. Só isso.
Mas aquele que compreende para de lutar. Nem mesmo tenta nadar, simplesmente vai com a corrente – ele se unifica à corrente e se move com ela. É a isso que chamo de rendição e, quando você se rende, você não está. Onde quer que o vento o conduza, você vai.
E tem sido sempre assim. No passado, existiram Budas, nuvens brancas flutuando; No presente, existem Budas, nuvens brancas flutuando. No passado existiram as loucas nuvens negras cheias de desejos, vontades e futuros. Hoje também é assim.
Com vontades e desejos, você é uma nuvem negra – pesado. Sem desejos, você é uma nuvem branca – é leve. E para ambas a possibilidade está sempre aberta. Depende de você permitir que aconteça ou não.


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