11 de jul. de 2016

A vida não é um problema, mas sim um mistério



Relaxe seus olhos... Respire suave e tranquilamente e com Plena Atenção em sua respiração mantenha-se sem expectativas... Descansando a mente... Simplesmente flua com o momento presente...

Os místicos tibetanos e os mestres zen têm falado sobre as nuvens brancas. As nuvens brancas tem atraído o ser interno de muitas pessoas. Faça disso uma meditação e então muitas coisas virão até você.

Osho diz:
A vida não deve ser tomada como um problema, pois quando você começa por esse caminho, fica perdido. Quando pensa que a vida é um problema nunca consegue solucioná-la.
A vida não é um problema, mas um mistério. E uma nuvem branca é o que há de mais misterioso, aparece de repente, de repente, desaparece. Alguma vez você já pensou que as nuvens não têm nenhum nome, nenhuma forma? Que nem mesmo por um único momento a forma é a mesma? Ela está sempre mudando, sempre se tornando: é como o fluir de um rio.
E você pode dar uma forma às nuvens, mas isso é projeção sua. Uma nuvem não tem forma; ou está continuamente se formando – é um fluxo. E assim é a vida. Todas as formas são projetadas.
Perceba... Nesta vida, você chama a si mesmo de homem, e justamente na vida anterior pode ter sido uma mulher. Nesta vida você é branco, e na próxima pode ser preto. Neste momento, você é inteligente, e no próximo pode se tornar louco, agressivo.
Você obteve uma forma? Ou está continuamente mudando? Você é fluxo, uma nuvem.
Se você compreender isto, que não tem identidade, se tornará uma nuvem, sem forma, sem nome... E começará a vaguear.
Um ser desperto vive como uma nuvem branca vagueando pelo céu, nenhuma rota existe para ele, nenhuma identidade. Ele é ninguém e vive a vida de um não ser – vive como se não existisse.
Se você puder viver sem existir, estará no caminho das nuvens brancas. Quanto mais você existir, mais doença terá. Quanto menos você existir, mais saudável será. Quanto menos existir, mais leve, mais divino e abençoado será.

Quando digo que a vida não é um problema, mas um mistério, isto significa que você não pode solucioná-la – mas pode transformar-se nela. Um problema é algo para ser solucionado intelectualmente; mas mesmo quando você o soluciona, nada é ganho. Apenas acumula um pouco mais de conhecimento, mas nenhum êxtase a partir disso.
Um mistério é algo no qual você pode se transformar. Pode tornar-se um com ele, imerso. Então, o êxtase, a felicidade surge – você sente o prazer supremo.
Olhe para o que é misterioso na vida. Onde quer que olhe – para as nuvens brancas, para as estrelas na noite, para as flores, para um rio fluindo – onde quer que olhe, procure pelo mistério. E sempre que encontrar um mistério, medite sobre ele.
Meditação significa dissolver-se diante do mistério, anular-se diante do mistério, dispersar-se diante do mistério. É simplesmente deixar de ser, e permitir que o mistério seja tão total que você seja absorvido por ele.
E de repente, uma nova porta se abrirá, uma nova percepção será alcançada. De repente, o mundo terreno da divisão, da separação, vai desaparecer, e um mundo diferente, totalmente diferente, de unicidade chegará a você. Todas as coisas perderão seus limites; todas as coisas estarão unidas.
Entretanto, isto só poderá ser obtido se você fizer algo consigo mesmo.
Eis porque quanto mais o intelecto humano cresce, matemática, logicamente, menor é a possibilidade de êxtase aberta à mente humana. Quanto mais o intelecto cresce, cada vez menos a poesia é possível. O romance se perde e a vida torna-se factual, nada simbólica.

Quando eu digo que o caminho é o caminho das nuvens brancas, isto é apenas simbólico, um símbolo poético: como uma indicação de um profundo mergulho no misterioso espaço interior...

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