Sutra:
A
maldade é sua.
A
tristeza é sua.
Mas
a virtude também é sua.
E
a pureza.
Você
é a fonte de toda pureza
e
de toda impureza.
Esse sutra está dizendo que um ser
humano completamente transformado nasce no momento em que aceita a sua
responsabilidade por si mesmo, no momento em que você diz: “Seja o que for que
eu seja, a escolha é minha – não uma escolha do passado, mas do presente. Essa
é minha escolha neste momento e, se eu quiser mudar isso, sou absolutamente
livre para mudar. Ninguém pode me impedir – nenhuma força social, nenhum
estado, nenhuma história, nenhuma economia, nenhum inconsciente pode me impedir.
Se eu estiver determinado a mudar isso, eu posso muda-lo”.
Sim, no começo a responsabilidade
parece um peso, um peso pesado. Parece bom jogar a responsabilidade nas costas
dos outros. Pelo menos você pode dizer: “Não sou o responsável”. Você pode
sentir que é só uma vitima desamparada. No começo, aceitar a responsabilidade
por si mesmo total e incondicionalmente é pesado. Gera desespero, angústia,
ansiedade – mas só no começo. Uma vez que isso seja aceito, devagarzinho você
fica ciente do grande potencial e da grande liberdade que isso traz.
Se eu sou responsável pela minha
infelicidade, isso também significa, automaticamente, que eu sou responsável
pela minha bem aventurança. Se eu sou responsável pela minha infelicidade, eu
posso acabar com ela imediatamente.
Deixe-me repetir a palavra
imediatamente – nem mesmo por um único momento a pessoa tem de esperar. Não é
uma questão de mudar a vida passada, não é uma questão de mudar toda a
sociedade; e não é uma questão de passar anos e anos na psicanálise. É uma
simples questão de aceitar a responsabilidade de que: “Seja o que for que eu
seja, fui eu que criei meu estado interior, meu ser”.
O homem nasce apenas como um
potencial. Ele pode se tornar um espinho para ele mesmo e para os outros, ele
pode também se tornar uma flor para ele mesmo e para os outros. E, lembre-se;
seja o que for que você seja para os outros, você também é para si mesmo; e
seja o que for que você seja para si mesmo, você é também para os outros.
Se você for uma flor para si mesmo,
sua fragrância acabará se espalhando; ela chegará até os outros. Mas se você é
um espinho para si mesmo, como pode ser uma flor para os outros?
Olhe para dentro e observe suas
escolhas... Se você ama as pessoas e elas não são amigas, olhe o seu amor...
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