Observe uma respiração suave,
tranquila, relaxante...
Procure se manter sem perguntas, sem
respostas... Puro silêncio.
O homem é uma busca – não uma
pergunta, mas uma busca. Uma pergunta pode ser resolvida intelectualmente. Não
que estejamos buscando algumas respostas para algumas questões; estamos
buscando algumas respostas para a nossa existência.
Chamamos de busca porque as perguntas
são sempre sobre os outros. Uma busca é sobre si mesmo. O homem está buscando a
si mesmo. Ele sabe que ele existe, mas também sabe que não sabe quem ele é...
Daí que, desde o nascimento, uma grande
indagação começa a nascer no âmago mais profundo. Essa indagação é nossa
própria natureza, e, a menos que seja resolvida, continuaremos buscando.
É claro que há muitas maneiras de
errar o caminho – e por isso a busca está repleta de perigos. Não é simples; é
muito complexa – e é muito raro uma pessoa chegar à sua conclusão.
Entretanto, a menos que você alcance,
continuará em agonia, em tumulto, você vai continuar sendo um grito na
imensidão. Não vai saber o que é a alegria. Não se conhecendo, como pode ser
alegre?
Você vai ouvir palavras como
“contentamento”, “bem aventurança”, mas elas vão continuar sendo apenas
palavras. Não terão nenhum conteúdo pra você. O conteúdo tem de ser suprido
pela sua experiência. Elas vão continuar sendo palavras vazias; podem criar
muito barulho em torno de você, mas não significarão nada.
A busca é intrínseca à natureza
humana. Mas então surge o problema de que há muitas maneiras de errar. Como
encontrar o caminho certo?
Thomas Carlyle disse: “O infortúnio (a
infelicidade) do homem tem origem na sua grandeza. Porque há algo infinito nele
e ele não pode ser bem sucedido se enterrando completamente no finito”.
Há algo em você que é mais alto que
você, maior que você, e não há como encerrá-lo em algum lugar no finito. Você
consegue ver isso na sua própria vida – basta estar atento.
Você pode buscar dinheiro e poder,
mas, cada vez que obtiver sucesso, vai descobrir que fracassou. Cada vez que
obtiver sucesso, o sucesso não irá lhe proporcionar nada, senão à consciência
do fracasso. O dinheiro está ali, mas você está insatisfeito como sempre, ou
até mais.
Nada deixa uma pessoa mais consciente
da impotência do que o poder. Nada deixa uma pessoa mais consciente da sua
pobreza interior do qie a riqueza – por caua do contraste.
Você pode observar que há riqueza fora
de você, mas no seu interior você é um mendigo, ainda desejando, pedindo,
ansiando e buscando.
De um lado, isto parece ser a
infelicidade do homem. De outro lado, é a sua grandeza. O que é essa grandeza?
Essa grandeza é a capacidade humana de se superar, de ir além de si, de fazer
uma escada de sua própria vida, de saltar de dentro de si.
A menos que esse salto tenha ocorrido,
você vive em um deserto; nada florescerá ali. Você pode fazer todos os esforços
possíveis, mas o deserto continuará sendo um deserto; você não cruzará com
nenhuma flor.
Essas flores só começam a aparecer
quando você começa a atingir um lugar próximo da verdade. Essa é a busca.
A busca é que o ser humano anseie se
tornar Deus. A busca é que o ser humano queira se tornar a verdade. É você
querer sentir isso – que “eu sou a verdade”.
Nada menos que isso jamais irá
satisfazê-lo.
Grande mensagem profunda do Osho, bem explicado
ResponderExcluirTá, nada deixa uma pessoa mais consciente da sua pobreza interior do qie a riqueza – por causa do contraste mas acha fácil também viver uma vida limitada de pobreza?
ResponderExcluirMuito lindo,mas na teoria,só que na pratica e totalmente diferente.
ResponderExcluirMas o homem deve ser menos egoísta sim e mais verdadeiro com os outros e com si mesmo!!!