19 de ago. de 2012

Destino, liberdade e alma



Observe uma respiração suave, tranquila, relaxante...
Procure se manter sem perguntas, sem respostas... Puro silêncio.
O homem é uma busca – não uma pergunta, mas uma busca. Uma pergunta pode ser resolvida intelectualmente. Não que estejamos buscando algumas respostas para algumas questões; estamos buscando algumas respostas para a nossa existência.
Chamamos de busca porque as perguntas são sempre sobre os outros. Uma busca é sobre si mesmo. O homem está buscando a si mesmo. Ele sabe que ele existe, mas também sabe que não sabe quem ele é...
Daí que, desde o nascimento, uma grande indagação começa a nascer no âmago mais profundo. Essa indagação é nossa própria natureza, e, a menos que seja resolvida, continuaremos buscando.
É claro que há muitas maneiras de errar o caminho – e por isso a busca está repleta de perigos. Não é simples; é muito complexa – e é muito raro uma pessoa chegar à sua conclusão.
Entretanto, a menos que você alcance, continuará em agonia, em tumulto, você vai continuar sendo um grito na imensidão. Não vai saber o que é a alegria. Não se conhecendo, como pode ser alegre?
Você vai ouvir palavras como “contentamento”, “bem aventurança”, mas elas vão continuar sendo apenas palavras. Não terão nenhum conteúdo pra você. O conteúdo tem de ser suprido pela sua experiência. Elas vão continuar sendo palavras vazias; podem criar muito barulho em torno de você, mas não significarão nada.
A busca é intrínseca à natureza humana. Mas então surge o problema de que há muitas maneiras de errar. Como encontrar o caminho certo?
Thomas Carlyle disse: “O infortúnio (a infelicidade) do homem tem origem na sua grandeza. Porque há algo infinito nele e ele não pode ser bem sucedido se enterrando completamente no finito”.
Há algo em você que é mais alto que você, maior que você, e não há como encerrá-lo em algum lugar no finito. Você consegue ver isso na sua própria vida – basta estar atento.
Você pode buscar dinheiro e poder, mas, cada vez que obtiver sucesso, vai descobrir que fracassou. Cada vez que obtiver sucesso, o sucesso não irá lhe proporcionar nada, senão à consciência do fracasso. O dinheiro está ali, mas você está insatisfeito como sempre, ou até mais.
Nada deixa uma pessoa mais consciente da impotência do que o poder. Nada deixa uma pessoa mais consciente da sua pobreza interior do qie a riqueza – por caua do contraste.
Você pode observar que há riqueza fora de você, mas no seu interior você é um mendigo, ainda desejando, pedindo, ansiando e buscando.
De um lado, isto parece ser a infelicidade do homem. De outro lado, é a sua grandeza. O que é essa grandeza? Essa grandeza é a capacidade humana de se superar, de ir além de si, de fazer uma escada de sua própria vida, de saltar de dentro de si.
A menos que esse salto tenha ocorrido, você vive em um deserto; nada florescerá ali. Você pode fazer todos os esforços possíveis, mas o deserto continuará sendo um deserto; você não cruzará com nenhuma flor.
Essas flores só começam a aparecer quando você começa a atingir um lugar próximo da verdade. Essa é a busca.
A busca é que o ser humano anseie se tornar Deus. A busca é que o ser humano queira se tornar a verdade. É você querer sentir isso – que “eu sou a verdade”.
Nada menos que isso jamais irá satisfazê-lo.

3 comentários:

  1. Grande mensagem profunda do Osho, bem explicado

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  2. Tá, nada deixa uma pessoa mais consciente da sua pobreza interior do qie a riqueza – por causa do contraste mas acha fácil também viver uma vida limitada de pobreza?

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  3. Muito lindo,mas na teoria,só que na pratica e totalmente diferente.
    Mas o homem deve ser menos egoísta sim e mais verdadeiro com os outros e com si mesmo!!!

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