Eu muito firmemente acredito em crenças.
Por que você condena a crença?
Procure evitar todas as imagens e mantenha seu espaço interior limpo e aberto, como um espelho... E então veja tudo aquilo que puder ser visto.
Nunca decida antes de saber. Deixe que o saber aconteça e deixe que a decisão venha através do saber.
Não acredite de antemão, pois sua crença contaminará o seu conhecimento – e então você nunca será capaz de saber se o que você veio a saber realmente existe ou se existe devido à sua crença. Sua crença pode criá-lo.
A mente do ser humano tem grande potencial para criar fantasias. É por isso que a hipnose funciona.
O que estou dizendo é que a mente pode criar um tipo de realidade – a qual não existe.
Então simplesmente destrua suas crenças e penetre um estado de não crença. Eu não estou dizendo para você criar a descrença! Não crença não é descrença.
Permaneça em silêncio, completamente em silêncio, completamente sem imagens, vazio, com os olhos completamente limpos de qualquer poeira.
Com isso não estou condenando a crença – estou simplesmente explicando que crença é a barreira para se chegar a Deus.
A crença não é uma ponte, mas uma barreira. É a sua crença que está servindo de obstáculo entre você e Deus.
Se a crença é abandonada, imediatamente você está em Deus, você é Deus.
E por que existe alguma necessidade de acreditar? Você não acredita no Sol ou na Terra, acredita? Você sabe que a Terra existe, portanto, acreditar não tem sentido.
Você somente acredita em coisas que não conhece.
A crença vem a partir da ignorância. Buda não acredita em Deus, pois ele conhece Deus!
Você não conhece Deus, por isso você acredita. Se você continuar a acreditar, tome cuidado – você nunca virá a conhecer.
A crença simplesmente significa que você está ocultando sua ignorância. Em vez de destruí-la, você a está ocultando, decorando-a, fazendo-a um pouco confortável, conveniente e aceitável.
Você está preocupado por você não conhecer Deus, então você se apega a uma crença e se força a sentir que conhece. Ao repetir constantemente sua crença, você começa a criar um tipo de auto-hipnose: “Eu sei, eu acredito”.
Suas próprias palavras – “Muito fortemente eu acredito em Deus” – revela, que de modo algum você conhece Deus; do contrário, não haveria necessidade de força ou de crença!
Deus simplesmente é. Como você pode acreditar ou desacreditar?
Na verdade você nada sabe de Deus. É por isso que você está preocupado com o fato de eu condenar a crença. Sua crença deve estar se sentindo ameaçada.
E, se a crença se for, você novamente será ignorante – este é o medo.
Porém, este é o meu trabalho aqui. Desculpe-me, mas este é o meu trabalho aqui – torná-lo absolutamente como você é. Se você é ignorante, você é ignorante. É melhor ser aquilo que você é, pois somente a partir desta realidade autêntica você pode ser conectado com a realidade suprema.
Com suas falsas crenças... E todas as crenças são falsas. A crença como tal é falsa. Saber é verdadeiro, acreditar é falso.
Estou aqui para torná-lo novamente ignorante. Se você cooperar você se tornará novamente inocente. Sua erudição desaparecerá – e, nesse próprio desaparecimento, você encontrará, pela primeira vez, o mistério da vida dançando à sua volta, e a bênção deste mistério - Deus!
Deus nunca pode ser um conceito, ser reduzido a uma idéia, uma crença.
Torne-se ignorante. Sabe-se de pecadores que alcançaram Deus, mas nunca eruditos. O pecado original é o do conhecimento.
E lembre-se sempre da história bíblica. Ela é uma das parábolas mais preciosas da história da humanidade. Adão foi expulso do jardim do Éden porque comeu da Árvore do Conhecimento. Seu pecado é seu conhecimento.
Você terá que vomitar seu conhecimento. Vomite a maçã! Torne-se novamente inocente e ignorante! E você estará atingindo a segunda infância – e afortunados são aqueles que podem atingir a segunda infância, pois através dela – e somente através dela – a pessoa se conecta com Deus.
Mas então não há crença. A pessoa sabe.
E lembre-se: saber e conhecimento são diferentes. O conhecimento consiste em crenças; o saber, em experiência.
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