Há coisas que a mente é naturalmente incapaz de compreender. A mente tem limitações, mas o nosso ego não quer aceitar as limitações da mente.
Cada sentido tem sua própria limitação. Você não pode ver com os ouvidos e não pode ouvir com os olhos. Do mesmo modo, você pode ver objetos com a mente, mas você não pode ver o além, o sem forma, com a mente.
Para a mente ele parecerá absurdo – exatamente como, para o cego, a luz é absurda.
Aqueles que ficaram demasiadamente identificados com a mente... E todas as civilizações e todas as culturas que até agora existiram no mundo têm forçado e reforçado a mente.
O Zen é solitário e único. Ele aponta para além da mente. Assim, lembre-se de não tentar compreender racionalmente, inteligentemente.
Somente em profunda meditação e silêncio, você será capaz de compreender. Coloque a mente de lado e, subitamente, você poderá ver a verdade que a mente estava bloqueando.
No que concerne ao Zen, a mente é um bloqueio para a realidade. Exceto a mente, ninguém está impedindo você de declarar o seu estado de Buda neste exato momento.
O Zen não é uma instrução, é uma experiência. Está à disposição de todos: os instruídos, os sem instrução, os jovens, os velhos. Está à disposição de todos... Se vocês puderem se tornar silenciosos.
Seja o que for que você escolha fazer, faça-o com a sua totalidade – nenhuma pergunta, nenhuma resposta, nenhuma erudição.
Apenas aja com sua totalidade – continuamente – e espere pelo tempo certo.
As flores brotam e a chuva chega, o sol surge e os pássaros cantam. Exatamente dessa forma – absolutamente natural -, o silêncio brota dentro de você, traz flores do desconhecido, preenche-o com imensa realização.
Você sabe, embora não possa dizer uma única palavra sobre isso; você experiencia, mas não tem nenhuma explicação.
A vida é um mistério que é a própria essência do Zen.
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