A mente continua a nos dominar somente devido à nossa necessidade de controlar. Parece que todos os nossos momentos mais adoráveis na vida são os daquelas experiências de quando nos sentimos fora de controle, entregues, dissolvidos. Ainda assim, viramos as costas continuamente ao convite para ficarmos nesse espaço vinte e quatro horas por dia.
É verdade que seus momentos mais preciosos são aqueles em que você não está – quando você está dissolvido.
Mas você continua a se segurar na mente, porque a mente lhe dá a capacidade de controlar.
A mente é agressiva.
Mesmo nos momentos em que ela não é necessária, ela prossegue insistindo em controlar.
Por exemplo, no amor... Qual a necessidade da mente?
Mas a mente agarra, quer controlar, tem medo; talvez, se ela não controlar, a pessoa possa ir embora.
E a história estranha é que, quanto mais você tenta controlar, mais você está destruindo o próprio amor.
O amor pode florescer apenas quando não controlado, quando nada é pedido e exigido; então, ele se revela no seu mais pleno florescimento, enche todo o céu com sua fragrância.
Mas você não pode ter o amor com sua mão fechada, e o homem tem vivido até agora como uma mão fechada!
O Zen é a mão aberta: não controla, não exige e tudo é seu; todas as estrelas e todas as flores e todos os oceanos e tudo o que a existência pode dar é seu.
Mas você não deve estar; você deve ser simplesmente um espaço, uma mão aberta.
Mas perceba... Você pode estar tendo uma compreensão um pouco intelectual, mas a compreensão existencial você não pode perder – ela é de uma vez por todas, para sempre.
Então você não pode dizer que nós nos esquecemos de quem nós somos. Você está dissolvido; quem está presente para esquecê-lo?
Nesse estado, você não está mais, você está preenchido com o todo, vinte e quatro horas, da eternidade para a eternidade.
Não há nenhum esquecimento; mas isso é somente compreensão intelectual, então, você está fadado a esquecê-lo.
Nesse momento, olhe pra dentro com grande intensidade e perceba... Aqui, todos os dias, você entra no eterno, experiencia o eterno, e dança nele.
E, novamente, você volta à mente, que jamais lhe deu nada além de miséria.
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