O transcendental é a única verdade,
Além da divisão, além da dualidade,
Apenas um puro céu,
Uma fragrância que você não pode agarrar nas mãos,
Um silêncio que dança no seu coração,
Uma paz que perpassa pela compreensão
O Ocidente jamais entrou na subjetividade; tem estado continuamente interessado no objeto.
O aquilo tem sido seu interesse, não o isto; o distante tem sido seu interesse, mas não o óbvio; o outro tem sido seu interesse, mas não o si mesmo.
O Ocidente encontrou grandes verdades acerca do mundo objetivo, mas nem mesmo uma pequena sombra do mundo interior. Na verdade ele nega o mundo interior. Suas razões são as de que o mundo interior não preenche os requisitos científicos.
Mas se não há ninguém dentro de você, você acha que alguma coisa estará exterior a você?
É exatamente como perguntar a um cego acerca da luz, ou a uma pessoa surda acerca da música.
Apenas porque um cego não pode ver o sol, o sol não desaparece.
Apenas porque você está focado no exterior, isso não quer dizer que o interior seja não existencial.
Segundo Gautama Buda, “O interior não é uma pessoa, o interior é somente um eterno espaço de vida”.
Por mais incrível que pareça a Índia não pode compreender Gautama Buda por uma simples razão: eles pensam que sentar-se silenciosamente, apenas ser, é inútil.
Você tem de fazer alguma coisa, você tem de rezar, tem de recitar mantras, tem de ir a algum templo e adorar um deus feito pelos homens.
“O que você está fazendo sentado aí silenciosamente?”
E esta é a maior contribuição de Gautama Buda: que você pode encontrar a sua eternidade e o seu ser cósmico somente se você puder sentar-se silenciosamente, sem propósito, sem nenhum desejo e sem nenhum anseio, apenas desfrutando o estar no espaço silencioso no qual milhares de Lótus florescem.
Neste silêncio, neste vazio, neste salto quântico da mente para a não mente, você entra num espaço diferente, que não é nem exterior, nem interior, mas transcendental a ambos...
Você não pode dizer uma única palavra sobre o transcendental, mas você pode experienciá-lo.
Nesta noite abençoada (neste exato momento), estamos entrando no transcendental.
Agora lembre-se destas três palavras: o “exterior”, que se tornou uma fixação no Ocidente; o “interior”, que se tornou uma fixação na mente indiana; e o “transcendental”, que é a mensagem dos seres despertos – acordados.
Os seres despertos não pertencem a nenhuma raça, não pertencem a nenhuma escola de filosofia, eles simplesmente pertencem à própria existência.
Aqueles que se reúnem aqui, hoje, não mais são objetivos, nem subjetivos, mas simplesmente afogam-se no transcendental.
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