“A mente é como um ator: o significado como um comediante, os sentidos como um conhecimento. Como a mente pode discursar sobre a verdade?”
Meus amigos... Isso é o começo de um festival existencial.
O Zen é festivo, não erudição. Condena os eruditos tão profundamente quanto possível, porque o erudito representa a mente definida, a mente cultuada, o conhecimento tomado emprestado, as escrituras mortas.
O Zen é uma roda viva das flores. Ele é – sempre e sempre no momento presente.
Vai indo do sem começo ao sem fim.
Então voltemos a observar a mente...
Tudo o que a mente faz é uma agitação própria, controlada – na superfície parecendo muito silenciosa, por dentro um hospício.
E esse hospício não pode dizer uma única palavra sobre a Verdade; ele não sabe de nada, embora faça o jogo como se soubesse.
Procure perceber... A mente muda continuamente: uma mente de criança é uma coisa, a mente de um jovem é outra coisa, uma mente madura de meia idade é outra coisa, a mente de um ancião é uma outra coisa.
A mente está acumulando constantemente, mudando de pontos de vista, de ideologias, de religiões... Ela não é digna de confiança, não se pode contar com ela.
Já a não mente é a nossa natureza, do princípio ao fim.
É uma dança eterna!
A não mente é o Buda – Ser desperto
O seu ego é sua imaturidade.
A sua ausência de ego é o seu despertar.
Simplesmente morra para este momento,
com a profundidade necessária,
de modo que você possa ter uma ressurreição.
A partir desse espaço puro, tudo floresce. Nesse espaço puro, tudo desaparece. Esse espaço puro é o seu ser.
Esta não mente, este silêncio puro é a própria vida, a verdadeira consciência, a verdadeira felicidade, o seu eterno.
Então deslize para fora da mente...
O passado é o passado; sendo assim, nada mais existe além deste momento (dia ou noite)
Mas em vez de estar aqui você está preocupado com o que vai fazer depois daqui ou com o que deixou de fazer ontem.
Acorde! Este é o encontro de budas (seres despertos!)
Nesse momento, mova-se pra dentro, em direção ao seu verdadeiro coração, pois daí surge a qualidade de dispersar toda a escuridão, a miséria, a angústia, a negatividade.
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