4 de set. de 2011

E ficamos enamorados VI


Sem expectativas... Consciência sem escolhas... Em profundo silêncio... Penetre cada palavra.

Deveríamos procurar
O caminho do despertar (Caminho do Buda)
Por toda a noite,
E, buscando, você entrará
Em sua própria mente.
Deveríamos procurar
O caminho do despertar (Caminho do Buda)
Por toda a noite.

A mente medíocre está interessada no exterior. O exterior é intrigante, maravilhoso, digno de ser explorado. Assim, o exploramos para o dinheiro, para o prestígio e outras coisas, e então um dia, quando estivermos saturados com as chamadas coisas mundanas e começarmos a procurar novamente por um Mestre, por Buda, por Cristo... Perceba, ainda no exterior! Começamos a procurar pelo caminho, mas ainda fora. E o Buda e o caminho não são encontrados do lado de fora.
E você pode ficar procurando por toda a noite, nesta noite escura de milhões de vidas, e você não encontrará coisa alguma, exceto esta verdade...


E buscando, você entrará
Em sua própria mente.

Procurar na parte externa é se afastar mais e mais do caminho, pois o caminho está dentro de nós.
Se você puder descobrir somente uma coisa dentre todos os tipos de frustrações – que não há nada a ser encontrado no exterior, absolutamente nada – e, ao perceber e se dar conta disso você se voltar para dentro, então sua própria mente é toda a coisa, então dentro de você está tudo.
E, buscando, você entrará na sua própria mente.

À medida que você for mais fundo em sua própria mente, você penetrará da mente para a não mente. A camada superficial é da mente, mas o conteúdo interior é da não mente. Se você entrar, primeiro você deparará com a mente, com os pensamentos, desejos, fantasias, imaginação, memória, sonhos e todas essas coisas. Porém, se você continuar a penetrar, logo chegará a espaços silenciosos, sem pensamentos.
Logo você começará a chegar mais e mais perto do âmago do seu ser. Quando você alcançar um ponto em que não se pode perceber nenhum tempo ou espaço, você chegou. Contudo, esta chegada é voltar à sua própria natureza.

E quando você atingir esse ponto poderá entender que não há necessidade de fazer coisa alguma – tudo está acontecendo. Você estava desnecessariamente preocupado e carregava aqueles pesos à toa.
O mundo está girando muito suave, bela e perfeitamente, mas porque pensamos que estamos separados dele, surge o problema: “Como levar as nossas vidas?” Se você sabe que é parte dele, não há necessidade de se preocupar.
Este cosmo tão infinito, funcionando tão perfeitamente bem – você não pode permanecer nele sem nenhuma preocupação? Porém a separação está presente... Você tomou uma coisa como certa: que você está separado. Mas ao penetrar fundo no interior, essa separação desaparece. Este é o significado quando Osho diz: “Surge o estado de ausência do ego”. Ego significa separação, significa que a parte está reivindicando ser o todo por conta própria. A insegurança surge devido ao ego. Quando o ego se vai todas essas dualidades desaparecem.

Você já observou alguns momentos em sua vida quando você não está presente¿ A manhã, o sol se erguendo, o ar fresco, os pássaros cantando... E de repente você se perde de você mesmo e fica tão absorto no alvorecer e na bela manhã que, por um momento, você esquece que existe. Imediatamente há beleza!
A beleza não surge do alvorecer, pois existem muitos que estão passando pela mesma estrada e não estão olhando o alvorecer. Aconteceu a você por que você não está presente. Viver nisso é viver nirvana, é viver o despertar. Essa é a inatividade original.

Deixe que essa seja a sua terra. Você realmente pertence a ela, ela é de onde você vem e é onde você deveria relaxar e ser – simplesmente ser...

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