Nesse instante procure entrar num estado natural, um estado relaxado da mente tornando-se um silêncio, um ninguém, um vazio.
Quando digo para tornar-se natural, estou simplesmente dizendo: pare de se tornar e caia e relaxe no ser. Você já está lá.
Então por que as pessoas não param e ficam andando continuamente em círculos?
Procure entender... As pessoas se tornaram muito habilidosas nisso e ninguém deseja abandonar sua habilidade, pois ela dá uma sensação de segurança, de força.
Existem milhões de pessoas no mundo que seguem repetidamente a mesma rotina porque se tornaram habilidosas.
Se elas mudam, no novo espaço elas podem não ser habilidosas – e eles não serão.
Assim, elas ficam girando e se entediam mais e mais.
Elas não podem parar a si mesmas, e não fazem devido aos outros, pois os outros estão correndo ao lado. Se elas param, serão derrotadas. Esse é realmente um mundo maluco.
E então a pessoa se sente muito bem repetindo a mesma coisa continuamente.
A monotonia é muito consoladora. As pessoas desnorteadas por tanta mudança encontram alívio na monotonia.
É por isso que os adolescentes adoram percussão e alguns pacientes mentais repetem o mesmo ato ou palavra sem parar.
Você pode ir a um hospício e ver, e você ficará admirado pelo fato de todos os loucos serem autores de algum tipo de mantra; eles têm os seus mantras.
Alguém lava continuamente as mãos – todos os dias apenas lava as mãos. Esse é o seu mantra, isso o mantém envolvido, ocupado, sem medo.
Quando interrompe essa atitude, surge a dificuldade.
Esse é todo segredo da meditação transcendental. As pessoas tem algo para repetir, monótona e continuamente; isso ajuda as pessoas.
Apenas o mesmo gesto, a mesma postura, o mesmo mantra. Você conhece perfeitamente bem esse território. Você fica se movendo nele e ele o mantém afastado de si mesmo.
A meditação transcendental não é meditação e também não é transcendental.
Ela é apenas um consolo; ela o mantém inconsciente de sua insanidade.
Assim, as pessoas ficam fazendo a mesma coisa que fizeram no decorrer dos tempos, em muitas vidas.
Observe a si mesmo: você se apaixona uma vez, então outra... Isso é meditação transcendental, o mesmo ato.
E você sabe que, da primeira vez, foi uma frustração; da segunda também; da terceira também... E você sabe de antemão que a quarta vez também vai ser uma frustração. Mas você não quer ver e investigar isso, pois se o fizer você é deixado só, sem nada para fazer.
Esse ato de apaixonar-se o mantém envolvido, andando, movendo-se. Pelo menos você pode evitar e escapar de você mesmo.
E assim você não precisa investigar a questão mais profunda: Quem é você?
Simplesmente deixe seu coração disponível, compartilhe...
Pois tudo retorna a sua fonte original.
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