Relaxe seus olhos, solte seu corpo e
observe sua respiração...
E sem medo penetre o desconhecido,
penetre o seu espaço interior...
E
Osho diz:
É natural ter medo quando você está
entrando em algo desconhecido. Toda aventura traz seu próprio medo. Se a pessoa
quer viver sem medo, ela pode viver somente em um túmulo. E é assim que muitos
vivem: eles apenas aparentam estar vivos. Eles estão respirando, estão fazendo
seus trabalhos, mas isso não é vida.
A vida pode significar apenas uma
coisa, e essa coisa é a constante aventura – sempre se movendo do conhecido
para o desconhecido – e finalmente, no fim de tudo, um salto quântico do
desconhecido para o que não podemos compreender totalmente.
A pessoa que vive sem aventura na
vida, sem medo, vive também sem felicidade. Ela vive uma vida de conveniência,
confortável, aconchegante, mas estúpida, sem significado, sem nenhuma alegria,
nenhuma canção, nenhuma dança. Nunca acontece nada no seu ser, ela simplesmente
vegeta. Do nascimento à morte, ela simplesmente vai morrendo a cada dia, a cada
momento, lentamente. É uma espécie de suicídio lento.
A mente tem muito medo do
desconhecido, porque a mente se sente capaz quando você está funcionando dentro
das fronteiras do conhecido. Mente significa conhecimento. Você está
familiarizado com aquilo, conhece todos os prós e contras, ou seja, você já
passou pela mesma rota tantas vezes, que agora você pode passar de olhos
fechados, sem nenhum medo de tombar nas coisas, cair... Você pode funcionar
como um robô. A mente consiste somente no conhecido. No momento em que você
começa a convidar o desconhecido para dentro dela, a mente dá um clique. A
mente diz: “Não, isso é perigoso. Eu não quero”.
Não ouça a mente, porque mente
significa passado – ele está morto, já acabou: é não existencial. O
passado são as pegadas do que já não existe. A mente não sabe nada do presente.
Ela não tem nenhuma capacidade de se comunicar com o presente, porque o
presente é sempre desconhecido. E o medo da mente é porque no momento em que
você encontra o presente, você tem de ser espontâneo, e a mente se torna
inútil. A mente tem de ser posta de lado.
Esse é o momento em que a meditação
começa a acontecer. Permanecer confinado no conhecido é estar na mente. Permitir
a entrada do desconhecido no seu ser é o começo da meditação, o começo do Zen. O
presente somente pode ser abordado através do estado de não-mente. Se você tem
quaisquer conclusões, você ainda está carregando o passado – as conclusões vêm
do passado, os preconceitos vêm do passado... Você tem de por de lado tudo que
você já sabe. Você tem de olhar para o presente num estado de não conhecimento.
A mente vai tremer – deixe-a tremer. Deixe-a morrer de tremedeira. Não lhe dê
ouvidos.
Quando você penetra o desconhecido,
quando você vai na direção interior, você vai sozinho, absolutamente sozinho –
ninguém pode acompanha-lo. Você perde o contato com o mundo exterior: quanto
mais fundo você vai interiormente, mais o mundo exterior começa a desaparecer.
No verdadeiro centro do seu ser, o mundo exterior desaparece como um sonho.
Nesse momento, observe sua respiração,
e lentamente caminhe em direção ao centro do seu ser... No momento em que você
chega ao verdadeiro centro do seu ser, todo mundo desaparece: as pessoas, as
montanhas, as estrelas... E chega um momento em que não existem mais. Existe a
infinita vastidão, o nada.
E quando o mundo desaparece,
lembre-se, você, como um ego, desaparece também, porque você somente pode
existir num relacionamento com os outros.
E os seguidores, os buscadores, estão
sempre procurando por garantias, consciente ou inconscientemente – eles ficam
esperando por certas indicações de que a verdade seja assegurada.
“Então, poderemos ir a qualquer
aventura, poderemos entrar”, mas se houver garantia aí já não será mais
aventura.
E quando a mente desaparecer... Você
também desaparecerá como ego.
O tanto que esse texto fez sentido para mim não está escrito!Obrigada por isso!
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