10 de mar. de 2016

O dedo apontado para a lua


Antes de tratar do nosso tema de hoje, tenho que lhes dizer que o estado de buda é a sua natureza. Estar desperto, consciente, é a sua natureza original. E se você for bastante sensível, poderá tomar conhecimento desse estado de consciência através de qualquer sentido; através do toque, do sabor, dos olhos, dos ouvidos. Porque o estado de buda não é exterior a você; é apenas uma questão de concentração profunda.

Nesse momento, observe sua respiração e olhe dentro... E, de repente, chega um momento em que você não encontra mais a si próprio em nenhum lugar. Você pode experienciar o estado-de-Buda apenas por ficar silencioso, ou apenas por ficar tão amoroso, que suas mãos se fundam no amor; ou ainda por ser tão total em qualquer ato, que seu ego desapareça e somente o momento presente permaneça.
Estar no momento presente é outro nome para o estado de buda. O estado-de-Buda está sempre dentro de você; a questão é por qual porta você vai entrar nele.
Se você está realmente vivo e seu toque é total, você pode despertar a consciência adormecida apenas olhando uma folha caindo de uma árvore.
O estado de ausência da mente significa inteligência, mente significa falatório, diálogo constante, agitação, não-inteligência. Se você conseguir deixar a mente – e todas as suas atividades de lado – você permanece por trás, puro, claro, transparente, perceptivo.
Se você puder ver realmente uma linda rosa, ou um lindo pôr-do-sol, com sua totalidade, não há nenhuma necessidade de nenhuma outra disciplina para se tornar um Buda – um ser desperto. Mas o ver tem de ser total, supremo, incondicional.

Todos os seus sentidos são portas... E a mesma porta pode abrir para fora e para dentro também.
É com o mesmo sentido que você usa para ouvir música exterior, que você pode ouvir a música do seu próprio ser. A questão simplesmente é: ou se vai na direção do interior, ou se vai na direção do exterior – a porta é a mesma.
Seu centro mais profundo é a sua iluminação. O seu pensamento é o único obstáculo. Não é que você se torne iluminado, você é iluminado, mas seus pensamentos lhes impedem de reconhecer.

Por isso, o salto quântico é necessário... Do pensamento para o não-pensamento. Da mente para a não-mente. Do lá para o aqui. Do então para o agora.

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