17 de fev. de 2016

Os bambus falam


Relaxe seu corpo... Entenda esta frase: Relaxe o seu corpo...
Então, observe todas as partes do seu corpo; perceba suas tensões, respire suavemente nesses pontos e solte toda tensão. Não há necessidade de permanecer tenso nesse momento.
E se você não perceber nenhuma tensão, simplesmente respire com plena atenção, momento a momento e permita-se relaxar sua mente e seu coração...

Simplesmente viva a totalidade desse momento, sem oscilar... Nem pensando no passado, que não existe mais, nem projetando sobre o futuro, que ainda não existe. Tudo que você tem é a pureza do Isto, ou seja, este momento. E o êxtase não pode ser mais elevado, não pode ser mais profundo, se você compreender a simples experiência Disto.
Isto é possível apenas nas verdadeiras alturas da consciência.

Perceba que o homem progrediu tecnologicamente, cientificamente, mas se esqueceu da linguagem do seu próprio ser. Podemos observar progressos em artefatos, mas o homem está completamente perdido.
A sua primeira tarefa na vida é ser completamente, inteiramente consciente de si mesmo. Porque, sem ser totalmente consciente, você jamais saberá da beleza e do esplendor da existência que o circunda. Você jamais saberá do seu nascimento, da sua morte. Você jamais saberá realmente que viveu.
Sem ser conscientes, todos nós somos sonâmbulos, andando adormecidos, falando adormecidos. E nós nos tornamos tão acostumados ao nosso sono que podemos até fazer coisas complicadas enquanto estamos completamente adormecidos.
O mundo todo pensa que acorda de manhã e, à noite, vai dormir novamente. Isto é um completo absurdo. Uma vez acordado, desperto, você jamais vai dormir. Assim, o acordar de manhã é falso, muito superficial. Você tem de aprender o autêntico (o verdadeiro) acordar.
O mestre Tozan diz; “As pessoas vem e vão, as estradas permanecem. Não seja um que vai e vem, mas seja um que permanece. Não há nenhum lugar para se ir, você já está lá. Apenas perceba isto”.

Uma dança pode dizer muito mais que qualquer filosofia. Um simples grito Oh! Pode trazê-lo a este momento.
Qualquer coisa que possa trazê-lo para casa é a única religião que eu conheço.
As chamadas religiões do mundo estão simplesmente enganando e explorando as pessoas.
As pessoas têm de ser acordadas!
O Zen tornou-se o meu amor maior, pela simples razão de que ele não cria nenhuma teologia.
A suprema experiência – a iluminação – é certamente a mesma. Mas os caminhos são milhões. Alguém vem do norte, alguém vem do sul. Um rio vem do Himalaia, um outro rio vem de outra montanha, mas todos eles, grandes ou pequenos, alcançam o mesmo oceano.
A suprema experiência é a mesma, mas as pessoas são diferentes. Desse modo, seus caminhos de revelarem-se para si mesmas são diferentes. Todos nascem do mesmo modo, mas todos não morrem do mesmo modo.
O nascimento não está em suas mãos. Quando você acorda, você já nasceu. Não é uma questão para você decidir, nascer ou não nascer. Mas a morte é um caso diferente. Você pode morrer inconscientemente, pode morrer conscientemente, pode morrer alegremente, pode morrer como se estivesse dançando. Você pode fazer uma piada da própria morte. O nascimento é o mesmo, mas a morte tem de ser única.
Mas a maioria das pessoas nasce do mesmo modo e morre do mesmo modo – inconsciente. Mas lembre-se: se nascimento e morte – os dois extremos – são inconscientes, então, aquilo que está no meio – a vida – não pode ser consciente. É um longo sono do berço ao cemitério.
Muitos poucos são afortunados o bastante para alcançarem seus túmulos com conhecimento, conscientemente. E no momento em que uma pessoa alcança a própria morte conscientemente, não há morte, absolutamente.

A morte existe apenas para as pessoas inconscientes. Para a pessoa consciente, a morte é apenas uma mudança de tempo e espaço, uma mudança de forma. Mas a essência permanece a mesma.

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