Relaxe
seu corpo... Entenda esta frase: Relaxe o seu corpo...
Então,
observe todas as partes do seu corpo; perceba suas tensões, respire suavemente
nesses pontos e solte toda tensão. Não há necessidade de permanecer tenso nesse
momento.
E
se você não perceber nenhuma tensão, simplesmente respire com plena atenção,
momento a momento e permita-se relaxar sua mente e seu coração...
Simplesmente viva a totalidade desse
momento, sem oscilar... Nem pensando no passado, que não existe mais, nem
projetando sobre o futuro, que ainda não existe. Tudo que você tem é a pureza
do Isto, ou seja, este momento. E o êxtase não pode ser mais elevado, não pode
ser mais profundo, se você compreender a simples experiência Disto.
Isto é possível apenas nas verdadeiras
alturas da consciência.
Perceba que o homem progrediu
tecnologicamente, cientificamente, mas se esqueceu da linguagem do seu próprio
ser. Podemos observar progressos em artefatos, mas o homem está completamente
perdido.
A sua primeira tarefa na vida é ser
completamente, inteiramente consciente de si mesmo. Porque, sem ser totalmente
consciente, você jamais saberá da beleza e do esplendor da existência que o
circunda. Você jamais saberá do seu nascimento, da sua morte. Você jamais
saberá realmente que viveu.
Sem ser conscientes, todos nós somos
sonâmbulos, andando adormecidos, falando adormecidos. E nós nos tornamos tão
acostumados ao nosso sono que podemos até fazer coisas complicadas enquanto
estamos completamente adormecidos.
O mundo todo pensa que acorda de manhã
e, à noite, vai dormir novamente. Isto é um completo absurdo. Uma vez acordado,
desperto, você jamais vai dormir. Assim, o acordar de manhã é falso, muito
superficial. Você tem de aprender o autêntico (o verdadeiro) acordar.
O mestre Tozan diz; “As pessoas vem e
vão, as estradas permanecem. Não seja um que vai e vem, mas seja um que
permanece. Não há nenhum lugar para se ir, você já está lá. Apenas perceba isto”.
Uma dança pode dizer muito mais que
qualquer filosofia. Um simples grito Oh! Pode trazê-lo a este momento.
Qualquer coisa que possa trazê-lo para
casa é a única religião que eu conheço.
As chamadas religiões do mundo estão
simplesmente enganando e explorando as pessoas.
As pessoas têm de ser acordadas!
O Zen tornou-se o meu amor maior, pela
simples razão de que ele não cria nenhuma teologia.
A suprema experiência – a iluminação –
é certamente a mesma. Mas os caminhos são milhões. Alguém vem do norte, alguém
vem do sul. Um rio vem do Himalaia, um outro rio vem de outra montanha, mas
todos eles, grandes ou pequenos, alcançam o mesmo oceano.
A suprema experiência é a mesma, mas
as pessoas são diferentes. Desse modo, seus caminhos de revelarem-se para si
mesmas são diferentes. Todos nascem do mesmo modo, mas todos não morrem do
mesmo modo.
O nascimento não está em suas mãos. Quando
você acorda, você já nasceu. Não é uma questão para você decidir, nascer ou não
nascer. Mas a morte é um caso diferente. Você pode morrer inconscientemente,
pode morrer conscientemente, pode morrer alegremente, pode morrer como se
estivesse dançando. Você pode fazer uma piada da própria morte. O nascimento é
o mesmo, mas a morte tem de ser única.
Mas a maioria das pessoas nasce do
mesmo modo e morre do mesmo modo – inconsciente. Mas lembre-se: se nascimento e
morte – os dois extremos – são inconscientes, então, aquilo que está no meio –
a vida – não pode ser consciente. É um longo sono do berço ao cemitério.
Muitos poucos são afortunados o
bastante para alcançarem seus túmulos com conhecimento, conscientemente. E no
momento em que uma pessoa alcança a própria morte conscientemente, não há
morte, absolutamente.
A morte existe apenas para as pessoas
inconscientes. Para a pessoa consciente, a morte é apenas uma mudança de tempo
e espaço, uma mudança de forma. Mas a essência permanece a mesma.
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