27 de mar. de 2014

Apaixone-se


Osho diz: Apaixone-se!
Deixe-me explicar isso: se você ama uma pessoa, pouco a pouco a periferia dela desaparece, a forma desaparece.
Você fica cada vez mais em contato com a não forma, com o interior. A forma torna-se, pouco a pouco, vaga e desaparece. E se você vai mais fundo, até mesmo essa não forma individual começa a desaparecer e fundir-se. Então, o além da forma abre-se. Esse indivíduo em particular era apenas a porta, uma abertura. E através do ser amado, você encontra o divino.
Por não conseguirmos amar é que precisamos de tantos rituais religiosos. Eles são substitutos, e substitutos muito pobres.
Mas o primeiro vislumbre sempre vem através de um indivíduo. É difícil estar em contato com o universal. Ele é tão grande, tão imenso, tão sem começo nem fim. De onde começar? De onde mover-se para ele? O indivíduo é a porta.
E não faça um combate. Faça com que seja uma profunda aceitação do outro, um convite. Permita que o outro o penetre sem qualquer condição. E, de repente, o outro desaparecerá e toda a existência estará presente (deus estará presente).
Se seu amado ou amada não puder se tornar divino, então nada neste mundo poderá tornar-se divino.
Esse estado pode acontecer em relação a uma criança. Pode acontecer em relação a um animal. A chave básica é esta: permita que o outro penetre em você, na sua essência mais profunda, no próprio âmago do seu ser.
Mas continuamos iludindo a nós mesmos; pensamos que amamos. E se você pensa que ama, não há nenhuma possibilidade do amor acontecer – porque se isto for amor, então tudo estará fechado.
Tente encontrar no outro o ser que está oculto. Não espere nada de ninguém. Cada indivíduo já está numa tal miséria que se você continuar esperando isto não terá fim.
Ficamos aborrecidos com o outro – porque estamos sempre na periferia.
Perceba... Sempre contamos com a outra pessoa. Alguém se torna a sua esposa – a relação está liquidada. Alguém se torna seu marido - a relação está liquidada. Agora, não há mais nenhuma aventura – o outro tornou-se uma coisa, um objeto. O outro não é mais um mistério a ser buscado. O outro não é mais novidade.
E lembre-se, tudo acaba morrendo com a idade. A periferia é sempre velha, e o centro é sempre novo. A periferia não pode permanecer nova, porque envelhece, desgasta-se a cada momento. O centro é sempre fresco, jovem.
Sua alma não é uma criança, não é jovem, nem velha. Sua alma é eternamente virgem. Ela não tem idade.
No processo do tempo, tudo envelhece. Um homem nasce – e o corpo já começa a envelhecer! Quando dizemos que uma criança tem um ano e fazemos festa, isso significa que a criança já caminhou 1 ano em direção à morte; completou um ano de agonia. Está se movendo para a morte – cedo ou tarde, morrerá.

Qualquer coisa que esteja no tempo envelhece. No instante que entra no tempo, já começa a envelhecer. Seu corpo é velho, sua periferia é velha. Com a periferia não se pode amar eternamente. Mas o centro é sempre virgem. É eternamente novo. Uma vez que você entra em contato com ele, o amor é uma descoberta a cada momento. Então, a lua de mel nunca termina. Se ela terminar, é porque não era uma lua de mel em absoluto – era apenas um relacionamento familiar.

3 comentários:

  1. Estou amando todo o blog, otimo otimo trabalho

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  2. Amei tudo isso! Estarei sempre presente...

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  3. wilhelm_weitling@outlook.com25 de janeiro de 2015 às 03:43

    sabe aquele texto que você, poderia mencionar a uma pessoa, sem ter vergonha e se esconder o que senti para aquela pessoa, e que a amou anos atrás e derruba aquele sentimento discretamente e claramente só para
    Ela, que tem um nome que é divino e que para você é como se encontra-se estive-se conectado ao sagrado e se purificando do ódio e que esta amando aquela pessoa, que você só trocava olhares com ela, e umas palavras cotidiana.

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