1 de set. de 2013

Seja espontâneo como uma criança


Relaxe... Saia do controle... Se entregue...
A vida é sempre incerta. Tudo que está morto é certo, mas a vida é sempre incerta. Tudo que está morto é sólido, fixo, sua natureza não pode ser mudada. Tudo que está vivo muda e se movimenta, é fluido, flexível...
Quanto mais você se torna seguro, mais está perdendo a vida.
Então, seja como uma criança, mas não seja infantil. Ser criança é ser espontâneo. Uma criança é algo novo, fresco, sem respostas, sem experiência acumulada – ela não tem memória. Ela age. Qualquer coisa que passe em seu ser faz com que ela aja. A criança não é motivada, não pensa nos resultados, não pensa no futuro. Ela é inocente.
Permita que a vida responda. Se alguém lhe perguntar algo, observe se a mente está repetindo a mesma coisa, como um velho hábito, se a resposta está vindo da memória ou se está vindo de você.
Todo mundo aborrece todo mundo porque tudo é morto, emprestado, gasto, e cheira a morte. Nada é fresco. Você só imita, copia o tempo todo.
Observe crianças brincando e você sentirá um frescor. Por um momento você pode até esquecer de que está ficando velho – ouça os pássaros, olhe as árvores e as flores e por um momento esqueça. Aqui, não há mente. As flores desabrocham, os pássaros estão cantando; a própria vida está aí e não existem teorias.
Mas as pessoas evitam a espontaneidade porque ser espontâneo é perigoso – pois quando vem a raiva, ela vem mesmo. Mas a mente diz: pense. Não fique com raiva, pode sair caro. Portanto, você sempre pensa e joga sua raiva nos mais fracos que você. Não nos mais fortes.
Perceba... O amor pode acontecer, mas não é permitido.
Você só pode ter uma atitude amorosa para com sua esposa ou marido, mas a vida não sabe quem é sua esposa e quem não é.
A vida é absolutamente amoral. Não conhece moralidade. Você pode se apaixonar pela esposa ou marido de alguém, pois a vida não conhece relacionamentos, nem instituições fixas.
Todas as instituições são feitas pelo homem e isso é perigoso. Por isso a mente diz: pense antes. Ela não é sua esposa, ele não é seu marido. Não olhe dessa maneira amorosa. Não sorria. É assim que matamos a todos. Todos vivem numa instituição, não na vida.

Ouvi contar...
Um homem telefonou para a mulher e disse: Um amigo meu chegou e vou leva-lo para jantar em casa. A mulher gritou: Você está louco? Você sabe muito bem que a cozinheira foi embora, os dentes do bebê estão nascendo, e eu fiquei três dias com febre!
O homem replicou com muita calma: Sei muito bem. É por isso que estou querendo leva-lo aí em casa. O tolo está pensando em casar.

Perceba... A vida toda se tornou uma instituição, um manicômio, onde os deveres têm de ser cumpridos, não o amor; onde você tem de se comportar, não ser espontâneo; onde um padrão tem de ser seguido, não a exuberância da vida. Por isso a mente pensa e decide tudo.
A mente criou a sociedade e a sociedade criou a mente. Elas são interdependentes.
Precisamos renunciar a tudo que é falso, renunciar a tudo que não é autêntico, renunciar a todas as respostas, mas ser sensível, espontaneamente sensível. Não pensar nas razões, mas ser real. Isso é difícil...
Há muito investimento na falsidade, nas máscaras, nas caras, nos jogos.
Precisamos ser autênticos. Quaisquer que sejam as consequências, você as aceitará e viverá no presente; nunca sacrificará o presente pelo futuro Não irá esperar pelos resultados.
Esse momento será a totalidade do seu ser...


3 comentários:

  1. Que texto lindo! Muito obrigada por partilhar isto com o mundo :)

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  2. Bem interessante o texto, a partir do momento que deixamos de ser criança nos tornamos prisioneiro de nossa mente

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