5 de jun. de 2013

Dhammapada / Capítulo 3 / A mente


Verso 33
A mente insone e agitada,
Difícil de proteger, difícil de controlar,
O sábio a põe direita,
Como o flecheiro faz com a haste da flecha.

Verso 34
Como um peixe fora da água,
Atirado em terra seca,
Essa mente se contorce
Para escapar ao império de Mara.

Verso 35
A mente, difícil de controlar,
Descuidosa e errante,
Tem de ser dominada.
A mente disciplinada traz felicidade.

Verso 36
A mente, difícil de localizar,
Sutil e ágil,
O sábio a protege.
A mente disciplinada traz felicidade.

Verso 37
Distante, solitária,
Incorpórea e oculta
É a mente.
Aqueles que a refreiam
Ficam livres dos laços de Mara.

Verso 38
Aqueles que têm a mente inconstante,
Que não conhecem o verdadeiro Dharma
E cuja serenidade vacila,
Para esses a sabedoria não amadurece.

Verso 39
Para aquele que está desperto,
Que não tem a mente agitada,
Cujo coração não se aflige
E renunciou tanto ao mérito quanto ao demérito,
O medo não existe.

Verso 40
Sabendo que este corpo é um vaso de argila,
Transforma a mente numa fortaleza,
Combate Mara com a espada da percepção,
Protegendo o que foi conquistado,
E a nada se apegando.

Verso 41
Logo este corpo
Ficará estendido no chão,
Posto de lado, privado de consciência,
Como uma lasca inútil de madeira.

Verso 42
O que quer que um inimigo faça a um inimigo,
Ou alguém que odeia a alguém que odeia,
Bem pior é o dano
Provocado pela mente mal orientada.

Verso 43
Nem mãe nem pai,
Nem parente algum pode fazer
Tanto bem a alguém
Quanto sua própria mente bem orientada.

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