Um
sábio já dizia:
“Aquele
que se contenta consigo fez uma obra inútil”.
...
Porque ele ainda está lá, o barco vazio não veio a acontecer ainda, o barco
ainda está cheio. O ego está sentado lá, o ego ainda está elevado.
Esse
sutra diz:
“O
sucesso é o começo do fracasso. A fama é a origem da desgraça.”
Quem
pode se libertar do sucesso e da fama, e descer e se perder em meio à massa
humana? Esse fluirá como o vazio...
Fique
alerta e atento... Esse avançará como a própria vida... Sem nome e sem lar.
É
simples e não faz distinção. Aparentemente é um tolo.
É
assim que é um sábio – um tolo.
Aparentemente
é um tolo. Seus passos não deixam rastro.
Não
tem nenhum poder. Nada consegue, não tem reputação.
Como
não julga ninguém, ninguém o julga.
Assim
é o homem perfeito: Seu barco está vazio.
Perceba... O ego está congelado. O
gelo precisa derreter, só então ele pode fluir. Congelado, você tem uma forma –
derretido, a forma desaparece.
Congelado, você é alguém em algum
lugar, um nome – derretido, o nome some, “ser alguém” desaparece. Você se tornou
um nada, sem forma.
Somente quando não está congelado,
você flui, e quando flui, você é como a própria vida, porque vida é movimento.
Só a morte é imóvel, só a morte
permanece onde está. A vida continua indo, indo, indo – é um fluxo contínuo.
Se você teve sucesso, você está
congelado, porque agora você tem medo de derreter – porque se derreter todo o
sucesso será perdido. O seu sucesso é parte da sua imobilidade. Se você ficou
famoso, você está congelado, agora você não pode derreter. Você tem que proteger,
preservar a sua fama, seu respeito, sua reputação.
Você tem que se proteger e tem que
permanecer com seu passado. Você não pode avançar para o futuro desconhecido,
porque quem sabe? O caminho desconhecido pode levar você a algum lugar onde
você perca a fama, perca a reputação.
Então você vai andar só no território
que foi mapeado, no conhecido. Você vai andar no círculo da memória, na roda da
memória.
A vida nunca anda na trilha de terra
batida, ela sempre avança na direção do desconhecido. A todo momento ela está
avançando para o desconhecido e, se você tem medo do desconhecido, você está
congelado, você morrerá.
A vida não vai esperar por você. Você
tem que derreter e só quem não tem fama para proteger, pode avançar com o
desconhecido e avançar feliz. Não tem nada a perder.
Assim eram os mendigos de Buda – sem
nome, sem abrigo, nada para proteger, nada para preservar. Eles podiam ir a
qualquer lugar, assim como as nuvens no céu, sem casa, sem raízes em lugar
nenhum, flutuando, sem nenhuma meta, nenhum propósito, nenhum ego.
Esse
fluirá invisível,
Avançará
como a própria vida
Sem
nome e sem lar...
Se estou lhe dando alguma coisa, é uma
chave de como não ter sucesso, de como se tornar um despreocupado, como andar
por aí sem nome, sem nenhuma meta, de como ser um mendigo.
Um homem destituído de ego – ele é um
barco vazio.
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