30 de set. de 2012

Observe o ponto de fusão das duas respirações


Meditação 03
Observe o ponto de fusão das duas respirações

Observe o ponto de fusão das duas respirações.
Sempre que a inspiração e a expiração se fundirem, nesse instante, toque o centro sem energia, o centro pleno de energia.

Nós estamos divididos em centro e periferia. O corpo é a periferia; nós conhecemos o corpo, nós conhecemos a periferia. Nós conhecemos a circunferência, mas não sabemos onde está o centro.
Observe a sua respiração...
Quando a expiração se funde com a inspiração, quando elas se tornam um, quando você não pode dizer se é expiração ou a inspiração... Quando é difícil definir quando o ar penetrou e começa a se mover para fora, existe um momento de fusão.
A respiração não está nem indo para fora nem se movendo para dentro – a respiração está estática. Quando ela está se movendo para fora ela é dinâmica; quando ela está se movendo para dentro ela é dinâmica.
Quando ela não está em nenhum desses dois casos, quando ela está em silêncio, sem se mover, você está perto do centro. O ponto de fusão da inspiração e da expiração é o seu centro.
Olhe dessa forma: quando a respiração entra, aonde ela vai? Ela vai para o seu centro, ela toca o seu centro. Quando ela sai, de onde ela sai? Ela se move a partir de seu centro. Seu centro tem de ser tocado.
Perceba... A respiração vai para o umbigo e então se move para fora. Ela vai para o centro.
Como eu disse, a respiração é uma ponte entre você e seu corpo. Você conhece o corpo, mas você não sabe onde está seu centro.
A respiração está constantemente indo para o centro e movendo-se para fora, mas nós não respiramos o suficiente. Dessa maneira, geralmente, ela não chega ao centro na realidade.
Olhe para uma criança dormindo. Observe a sua respiração. O ar entra; o abdômen vai para fora. O peito permanece não afetado. É por isso que as crianças não têm peitos, só abdomens – e abdomens muito dinâmicos.
O ar entra e o abdômen levanta; o ar sai e o abdômen se move. As crianças estão em seus centros, dentro de seus centros. É por isso que elas são tão felizes, tão cheias de energia, nunca cansadas – transbordando e sempre no momento presente, sem passado, sem futuro.
A criança está em seu centro. E quando você está em seu centro, você sempre é total. Uma criança, mesmo na raiva e violência, é total. Sua raiva não é alguma coisa relacionada com o passado ou futuro.
Agora perceba... Todos nós fomos crianças. Por que é que quando nós crescemos nossa respiração se torna superficial? Ela nunca chega ao abdômen, ela nunca toca o umbigo. Se a respiração pudesse ir cada vez mais e mais para baixo, ela poderia se tornar cada vez menos superficial, mas ela apenas toca o peito e sai. Ela nunca vai ao centro.
Você tem medo do centro, porque se você for para o centro você se tornará total.
Você ama – se você respirar a partir do centro, a partir do umbigo, você fluirá no amor totalmente. Mas você tem medo de ficar tão aberto, tão vulnerável para alguém, medo de estar tão completamente entregue a alguém.
Por isso, você não pode respirar profundamente. Você não pode relaxar sua respiração de forma que ela possa ir para o centro – porque, no momento em que a respiração vai para o centro, seu ato se torna total.
Você respira apenas no mínimo, não no máximo... É por isso que a vida parece tão sem vida. E quanto mais morto você estiver, mais seguro – mais controlador - você estará e, assim, você poderá controlar a sua raiva, poderá controlar o seu amor, poderá controlar todas as coisas.
Mas a todo o momento você pode tocar o seu centro. Faça respirações profundas e lentas. Toque o centro; não respire a partir do peito – isso é um truque. A civilização, a educação, a moralidade criaram a respiração superficial.
Por isso esse sutra diz: sempre que a inspiração e a expiração se fundirem, nesse instante, toque o centro sem energia, o centro pleno de energia.
E, no momento em que você pode sentir o centro de onde o ar sai, ou entra, o verdadeiro ponto onde as respirações se fundem – este centro – se você se tornar consciente dele... Então, o despertar.

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Um comentário:

  1. Hola, me gustaria saber cual es tu opinión sobre mi última entrada en el blog despertando a la vida.
    Entrada sobre OSHO.
    Un saludo y gracias de antemano

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