17 de jun. de 2012

Repressão e controle IV



Procure perceber suas máscaras, a imagem que você tenta passar para os outros...
Quando você vive uma vida reprimida, você simplesmente não vive.
Vida é expressão, criatividade, alegria.
Quando você vive do jeito que a existência quer que você viva, você vive de um jeito natural.
Então ouça seus extintos, entre em contato com seu corpo, ouça seu coração, ouça sua inteligência. Dependa apenas de si mesmo, siga a sua espontaneidade e você nunca se perderá.
Não ouça aqueles que o envenenam, ouça o impulso interior da natureza.
E assim, por nenhum motivo especial penetre momentos de silêncio. E esses poucos momentos de silêncio são tão belos, tão misteriosos.
Você não precisa fazer nada para que esses momentos de silêncio aconteçam, não pense a respeito e simplesmente eles surgem. Nesses momentos, de repente, ocorre um contato; cai o silêncio.
Perceba que existe uma polaridade na vida. Todo dia você trabalha duro, corta lenha, então à noite cai num sono profundo. É por isso que as pessoas sem muitas atividades durante o dia sofrem de insônia.
A natureza dá o sono aos mendigos que trabalham o dia todo, que andam de um lado para o outro sob o sol escaldante, pedindo esmolas. A natureza dá um bom sono aos trabalhadores, aos operários, aos lenhadores. Eles trabalham o dia inteiro trabalhando arduamente e ficam exaustos. Por causa dessa exaustão, a noite caem num sono profundo.
Se você não fizer nada o dia inteiro, então não há necessidade de sono. Você não usou nem mesmo a energia que já recebeu, então para que receber mais? Só recebe energia quem a usa.
Perceba... Do trabalho vem o descanso. Da expressão vem o silêncio. É assim que funciona a vida.
Se você quer mesmo se sentir seguro, terá que viver a vida na insegurança. Se você quer realmente se sentir vivo, terá de se preparar para morrer a qualquer momento. Esse é o ilogismo da vida.
Se você quer ser autenticamente verdadeiro, então você terá de arriscar. A repressão é uma maneira de evitar o risco.
Perceba... Você foi ensinado a nunca ficar com raiva, e acha que uma pessoa que nunca sente raiva com certeza será muito amorosa. Você está errado. A pessoa que nunca fica com raiva também não será capaz de amar.
A raiva e o amor andam de mãos dadas, eles vêm no mesmo pacote.
Se você ama a si mesmo, nunca será repressor, expressará tudo o que a vida lhe reservar. Você expressará a vida – as suas alegrias, a sua tristeza, os seus altos e baixos, os seus dias e suas noites.
Mas você foi criado para ser uma fraude, foi criado de uma maneira a se tornar um hipócrita. Tente perceber... Quando sente raiva, continua sorrindo um sorriso amarelo.  Quando você está irado você reprime. Você nunca é verdadeiro com relação ao que existe dentro de você.
Repressão é não ouvir a própria natureza. Repressão o torna falso. Não é por meio da repressão que se põe fim à raiva, ao sexo, à ganância, não. Eles ainda existem, só o rótulo foi trocado. Vão para o inconsciente e começam a influenciá-lo a partir dali.
Você foi muito reprimido a vida toda, mas não faça a mesma coisa com seus filhos.
Faça com que sejam mais expressivos, ensine-os a se expressar melhor. Ajude-os para que eles sejam mais autênticos e consigam exprimir o que lhes vai por dentro.
Porque cada geração destrói a que vem depois dela. E a menos que a pessoa fique alerta, consciente, é inevitável que a destruição aconteça.
Então, siga a sua natureza!

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