17 de jul. de 2011

Nam aplauso nem reprovação

O vento não estremece uma montanha
Nem elogios nem censura movem o homem sábio

Ser sábio não é ser instruído. Ser sábio é sentir a pulsação da vida dentro de você e, depois, fora.
Para perceber essa consciência misteriosa que você é, primeiramente  é preciso vivê-la no âmago mais íntimo do próprio ser, porque essa é a porta mais próxima da consciência universal.
O sábio jamais acumula conhecimento – sua sabedoria é espontânea.
O conhecimento sempre pertence ao passado, a sabedoria pertence ao presente.
O conhecimento satisfaz o ego; a sabedoria destrói o ego completamente – por isso as pessoas buscam conhecimento.
É muito raro encontrar um buscador que não esteja interessado em conhecimento, mas que esteja comprometido com a sabedoria.
Conhecimento quer dizer teoria sobre a verdade, quer dizer crença e todas as crenças são falsas. Sabedoria quer dizer “a verdade em si”.
Crença é uma projeção da mente trapaceira – ela lhe dá a sensação de saber, sem saber.
Você pode facilmente acreditar em Deus, você pode facilmente acreditar na imortalidade da alma, você pode facilmente acreditar na teoria da reencarnação..
Na verdade, essas coisas ficam simplesmente na superfície: lá na fundo, você não é afetado por elas, de modo algum.
Quando a morte bater à sua porta, você saberá que suas crenças desapareceram.
A crença na imortalidade da alma não o ajudará quando a morte bater à sua porta – você vai lamentar, chorar e se apegar à vida.
Quando a morte chega, você se esquece de tudo sobre Deus.
Quando a morte bate à porta ela derruba toda a estrutura de conhecimento que você construiu ao seu redor.
Ela o deixa absolutamente vazio... – e com a consciência de que toda a vida foi um desperdício.
Sabedoria é um fenômeno totalmente diferente. Trata-se de uma experiência, não de uma crença.
Ela é experiência existencial, não é “sobre”.
Você não acredita em Deus – você conhece Deus.
Você não acredita na imortalidade da alma, você a saboreou a vida toda.
Você vê que somente a superfície muda: o essencial é eterno.
Isso é ver, não acreditar.
E todos os mestres verdadeiros estão interessados em ajudá-lo a ver, não a torná-lo crente.
Para acreditar, você se torna um cristão, um hindu, um muçulmano.
A crença é a profissão do sacerdote.
A sabedoria surge dentro de você, ela não é uma escritura.
Você começa a ler sua própria consciência – e lá estão escondidas todas as Bíblias, todos os Gitas, todos os alcorões.

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