Leve
sua atenção para o centro do peito...
O
que é o amor?
O amor é o encontro orgástico entre a
morte e a vida. E a menos que você venha conhecer o amor, você perdeu. Você
nasceu, você viveu e você morreu – mas você perdeu. Você perdeu absolutamente –
você perdeu o intervalo que há no meio, entre a vida e a morte. Este intervalo
é o pico mais alto, a experiência máxima.
Para atingir o amor, existem quatro
passos a serem celebrados. O primeiro passo: esteja aqui e agora – porque o
amor só é possível no aqui e agora.
Você não pode amar no passado. Muitas
pessoas simplesmente vivem na memória – elas amaram no passado. E há outras
pessoas que amam no futuro. Isso também não pode ser feito. Essas são maneiras
de evitar o amor. Assim, você ama no passado ou você ama no futuro – e o amor
só é possível no presente, porque somente neste momento a vida e a morte estão
se encontrando... no intervalo escuro que há dentro de você. Este intervalo
escuro é sempre o presente, sempre o presente, sempre o presente. Jamais é
passado ou futuro.
Se você pensa demais – e pensar é
sempre do passado ou do futuro – suas energias serão desviadas dos sentimentos.
O sentir está no aqui e agora. Se suas energias estiverem se dirigindo para o
pensamento, você não terá energia suficiente para penetrar nos sentimentos – e
o amor não será possível.
Assim,
o primeiro passo é estar aqui e agora. Futuro e passado trazem o pensamento. E
uma pessoa obcecada pelo pensamento acaba esquecendo que ela também tem
coração.
Um
homem demasiadamente envolvido no pensar, pouco a pouco toma um caminho no qual
o sentimento não tem vez. E quando a cabeça se torna o senhor e o coração é
deixado para trás, você viverá, você morrerá, mas não saberá o que é Deus,
porque não saberá o que é amor. O sentir está no aqui e agora... E as pessoas
estão se movendo para a cabeça e esquecendo o coração. Uma pequena minoria
ainda vive um pouco no coração, mas essa minoria comete outro erro: seu amor
está muito contaminado por venenos – como o ódio, o ciúme, a raiva, a
possessividade. Então toda a jornada se torna amarga.
O
segundo passo é aprender a transformar seus venenos em mel... Mil e um venenos
rodeiam o seu amor. E o amor é uma coisa tão delicada... Simplesmente pense em
raiva, ódio, possessividade, ciúme... Como pode o amor sobreviver?
Portanto,
a segunda coisa a ser lembrada é transformar seus venenos em mel. Mas como
podem ser transformados? Existe um processo muito simples, porque você não faz
coisa alguma, você precisa somente de paciência. O que estou lhe dizendo é um
dos maiores segredos. Experimente-o. Apenas observe as sensações. Quando a
raiva vier, simplesmente sente-se silenciosamente e observe. Não coopere com
ela, não a reprima. Não seja contra ela, não seja a favor dela. Simplesmente
observe a raiva, veja o que acontece... Deixa-a subir.
Nunca
faça coisa alguma sob emoção. Enquanto o veneno estiver possuindo você,
simplesmente espere. Esta é uma das leis básicas da natureza, de que tudo
surge, permanece um tempo e desaparece. Esta é a característica de todas as
sensações: surgir e desaparecer, surgir e desaparecer...
Não
aja quando a raiva estiver no seu ponto mais alto, do contrário você se
arrependerá, e criará uma cadeia de reações. Espere... Quando você estiver com
raiva este é o momento de meditar. Não perca este momento. A raiva está criando
tanta energia dentro de você... Ela pode destruir – negatividade provoca mais
negatividade, raiva traz mais raiva – num processo sem fim. Esperando e não
fazendo nada com pressa, um dia você perceberá a mudança interior. Você estava
cheio de raiva, chegando no clímax... E então a roda gira... Porque a energia é
neutra – a mesma energia que pode destruir pode ser criativa, pode ser
amorosa...
Então,
simplesmente observe a si mesmo. Observe todas as suas variações – o assassino,
o pecador, o criminoso, o santo, o homem virtuoso dentro de você... Observe
Deus, o Diabo. Conheça todas as suas possibilidades e, ao conhecê-las, você
estará descobrindo segredos...
As
pessoas são muito egoístas. Só compartilham tristezas. Estão carentes, querem
amor e ficam se lamentando esperando que você lhe dê atenção, carinho, amor...
Então,
o terceiro passo em direção ao amor é compartilhar, mas compartilhar coisas
boas, positivas. Isso fará seu amor fluir como um rio que nasce em seu coração.
Tudo que houver de belo em você, jamais o acumule. Compartilhe sua sabedoria,
sua oração, compartilhe seu amor, sua felicidade, seu prazer.
Acumular
envenena o coração. E quando der, não se importe se será retribuído ou não. Nem
mesmo espere por um “muito obrigado”. Pelo contrário, sinta-se grato à pessoa
que lhe permitiu compartilhar com ela.
E o
quarto passo... Seja um nada, um ninguém. No momento que você passa a acreditar
que é alguém, você para; então o amor não flui. Quando você está vazio, existe
amor. Quando você está cheio de ego, o amor desaparece. O amor e o ego não
podem existir juntos.
Portanto, seja um ninguém. Ser um
ninguém é a fonte de tudo, é a fonte do infinito... Nada significa o Nirvana – Deus.
Seja nada – e sendo nada, você terá alcançado toda a
existência – você terá chegado em casa.
Texto publicado aqui no Blog em 23 de fevereiro de 2011 e revisado em setembro de 2016
Texto publicado aqui no Blog em 23 de fevereiro de 2011 e revisado em setembro de 2016
Que texto maravilhoso, Guilherme!
ResponderExcluirnovamente não fui ao encontro na prainha (ando tão lenta pela manhã, rs), mas q bela substituição eu fiz, entrando aqui p ler os textos de Osho. Um sábado de muita paz, beijos!
Bia
Osho, na minha opinião, é fantástico, pois apesar dele ter uma leitura completamente diferente, nova, autêntica de todos os processos pelos quais as pessoas experimentam e vivenciam a vida, ao mesmo tempo conforta, aconchega e nutre a nossa alma.
ResponderExcluirMuito interessante...
Obrigada por "COMPARTILHAR" !!!
ResponderExcluirQue alegria poder ler e compreender esse texto!!!
GRATIDAO! Fonte magnífica de energia para compreender o intervalo mais importante entre a vida e a morte. Nos dias de hoje vivem, muitas pessoas estão contaminadas pelo o veneno e raiva e esquece o sentido da palavra amor. O intervalo mais importante entre a vida. E sem amor "Deus" não existe dentro de nós.
ResponderExcluirGRATIDAO! Fonte magnífica de energia para compreender o intervalo mais importante entre a vida e a morte. Nos dias de hoje, muitas pessoas estão contaminadas pelo o veneno e raiva e esquece o sentido da palavra amor. O intervalo mais importante da vida. E sem amor "Deus" não existe dentro de nós.
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