Esteja onde quer que você esteja, mas esteja de modo novo.
E qual é esse novo modo?
Seja não-competitivo.
Ser competitivo é ser mundano.
Não é uma questão de se viver no mundo ou de ir para as montanhas.
Você poderá ir para as cavernas e lá haverá outros santos vivendo em outras cavernas e haverá competição.
Então, eles estarão falando sobre quem tem mais poderes, quem pode jejuar mais, quem pode se deitar numa cama de pregos, quem é mais santo.
O Zen tem uma abordagem diferente. Ele diz: Esteja na vida – a vida não é errada.
Se algo está errado, está errado na sua visão.
Seu espelho da consciência está empoeirado.
Limpe-o! Crie mais claridade.
Se a ambição e a competição desaparecerem, então, não sobra nada no mundo.
Mas como a ambição e a competição podem desaparecer?
Nós continuamos criando novos meios.
Alguém está tentando ter mais dinheiro do que você e outro está tentando ter mais virtudes do que você.
Qual é a diferença?
Alguém está tentando ser mais instruído do que você, outro está tentando ter mais caráter do que você.
É o mesmo desejo, o mesmo sonho, a mesma sonolência.
E as pessoas continuam nos seus sonhos.
Os sonhos mudam, mas as pessoas nunca acordam.
E você continua caindo neste ou naquele sonho, e continua perdendo-se na escuridão.
A questão é de acordar, não de mudar de sonhos, não de criar um novo sonho no lugar do velho.
Estão todos dormindo de modos diferentes, em diferentes posições, sonhando diferentes sonhos.
Você pode trocar a Bíblia pelo Gita ou o Alcorão, mas você é a mesma pessoa.
A menos que sua consciência passe por uma radical transformação, nada muda.
Você permanecerá mecânico, sua vida continuará a ser mecânica.
As pessoas vivem através dos hábitos, não através da consciência – as pessoas vivem mecanicamente.
A questão é como essa mecanicidade pode ser abandonada.
A questão é muito mais profunda do que os sintomas externos... As raízes têm que ser mudadas.
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